#10

Acho que a meta da minha vida é melhorar.

E quando digo melhorar quero dizer em aproveitamento de vida. Vida em abundância. Aproveitamento.

Eu quero viver da maneira que eu sentir que é correto. Da maneira que meu coração disser (clichê né?)… seguir caminhos e descobrir novas cores, perspectivas e ideias.

Eu sempre quis isso. Mas é que as vezes, e muitas vezes eu me esqueci do quanto é importante me segurar na ideia do incomum. Do diferente. Fugir da mediocridade. Fugir do que me faz mal e que, por muitos motivos, sem querer, a gente acaba se acostumando…

Eu não quero ter medo da morte, porque ter medo da morte significa ter medo de não ter vivido uma vida significativa. É aquela sensação de desperdício, de ter deixado algo pra depois, de ter se esforçado por nada e escutado as pessoas erradas.

Sinceramente, a minha expectativa de vida é ser feliz longe de pessoas que podem me atingir de maneira negativa… porque a pior arma contra pessoas são sempre PESSOAS (inclusive, em alguns casos, nós mesmos contra nós mesmos)… Quero em cada visão enxergar uma paisagem bonita. Quero ver detalhes e não estar cansada para me maravilhar quando detecta-los… Eu quero ter a satisfação de saber e sentir que não estou vivendo nada no automático. Viver não é só respirar. Não quero ter sempre a sensação de estar em uma caixinha. Um dia, quero estar fora dela por completo.

Quero aprender coisas. E ver coisas. Estar em lugares e pensar “eu, quem sou eu? eu estou aqui!”… Quero conhecer pessoas e histórias e me mudar conforme eu for me libertando de sombras antigas. Ser uma nova pessoa a cada ciclo encerrado. E quando for a hora não ter dúvidas de que eu fiz valer a pena.. e espero que eu ainda tenha muito tempo pra encher a minha lista da vida com itens e realizações… Quero ter orgulho de ter vivido e aproveitado a minha chance.

#9

Como é bom

Como é bom não ter mais medo do futuro. Não se sentir só. Poder conversar por horas sem inseguranças. Planejar. Moldar. Imaginar. E no meio disso tudo, se sentir mais. Além.

Como é bom não pensar nos outros. E sim nas ideias, nos projetos, no amor. No que há de vir, no que vai passar, no que já passou e no que ainda virá. Como é bom.

Como é bom ter perspectiva. Como é bom não ter medo do fim. Não ter medo do fim e sentir felicidade por todos os começos que virão. É bom.

#7

13.09.2019

Quando eu era pequena minha mãe costumava me dizer que gostava do quão eu era sensível. Cresci ouvindo isso, que eu era sensível e vindo da pessoa que mais me ama, isso era visto aos meus olhos como uma qualidade. Agora sou adulta e vejo… o mundo não é dos sensíveis e sim dos fortes. 


Nada contra a minha sensibilidade, acho que as vezes é bom… mas não sempre. Olhando pra mim mesma e meu momento atual, sinto que o lado bom da minha sensibilidade está indo embora, o lado sensível e sombrio está muito mais em evidência… e pra quem é feito de gotículas e partículas de sensibilidade, todo o corpo formado por nada mais que vulnerabilidade a vida, o que resta se isso se for? Digo, o lado bom da coisa… nada. 


Queria pedir desculpas pra minha mãe. Se ela entrasse dentro de mim, como numa caverna ela não veria meu bom lado sensível que ela enxergou anos atrás… Ela veria só a caverna, rochas, escuridão e medo. Medo de que realmente não sobre nada. A falta de boa sensibilidade é uma doença. A falta de força, força que eu nunca tive, também é. Talvez seja relativo, talvez seja o período mas… talvez seja só o destino. Eu não sei se eu acredito em destino, mas se eu acredito que algumas coisas são como devem ser somente, então sim. 

#6

Sobre o Sebo do Messias 💚:

Eu gosto de São Paulo não pela variedade mas pelas coisas que nunca mudam. Como esse lugar que é um refúgio de paz pra mim e não pelos livros. Mas porque os quadros continuam no mesmo lugar sempre que vou. O mesmo senhor de óculos e avental vermelho, a mesma moça no balcão guardando as mochilas que, no começo eu pensava ter uma expressão amarga, mas que agora enxergo com carinho e talvez um pouco de cansaço… o mesmo poster de cantando na chuva, os filmes e discos de vinil que quase ninguém compra na parte de baixo, livros por todo o térreo, na parte de cima você pode vasculhar a sessão de mangás e no fim do corredor, você pode ver a catedral pela janela, as prostitutas a luz do dia, a floricultura, pessoas pedindo dinheiro para outras e pessoas negando como sempre. Nenhuma música, nunca… Só o silêncio e as vozes dos vários diálogos dentro de todos os livros que eu nunca vou conseguir ler… Nunca ler todos os daquele lugar.

Os livros nunca estão empoeirados por mais velhos que sejam. Estar lá é libertador. Na minha vida, nem sempre as mudanças são bem aceitas por mim… acredito que quando sinto que algo não mudou, algo continua ali posso sentir um alívio. O alívio de que, por mais que eu tenha mudado, algumas coisas essenciais ainda continuam iguais e por isso, posso não temer que a minha essência seja transformada conforme o tempo vá passando por mim.

#5

Eu nunca pensei que o rumo da minha vida me levaria até onde você estava. Tudo encaixa mesmo quando não parece e sou eternamente grata por tudo que deu certo e tudo o que deu errado, mas casos que contribuíram para que você esteja na minha vida todos os dias de todas as formas. Na música que escuto, no livro que eu leio, na risada que dou com algum dos meus amigos… A vida é boa e muito melhor sabendo que você existe, respira, sente, ri, come, dorme e acorda mesmo longe de mim… E ainda melhor quando penso que os dias que estarei do seu lado sempre chegarão e eu serei sempre mais feliz do que achei que fosse possível.

#4

São em momentos bons que a gente percebe o quão desnecessários são alguns sentimentos cotidianos… Viver, ser livre e só. No final, afinal, será breu. E o que irá restar são os segundos que eu me entreguei. Sem preocupações.

#2

Às vezes eu penso, penso, penso demais feito uma máquina. Talvez esse seja um dos meus maiores problemas o que faz com que muitas vezes eu me sinta culpada. O que eu fiz feriu alguém? O que vão pensar de mim? Será que fiz certo ou errado? Esse caminho é o correto? Isso vai ser bom? Eu não quero isso, sou errada por não querer? Ou, eu quero isso, é certo querer? O que as pessoas que me amam vão achar? O que as pessoas que podem me julgar vão achar? Entre muitos outros pensamentos e perguntas que, na minha rotina podem me atrapalhar.

Mas daí, eu pergunto pro meu coração, peço pra ele se acalmar e se segurar… Pensar demais não é saudável. Porque, a vida acontece de jeitos que a gente nunca espera. Eu não espero nunca quando algo extraordinário acontece e também não espero quando algo me deixa triste. Pensar demais não evita acontecimentos incríveis ou momentos tristes… Não evita com que as pessoas te julguem ou fiquem felizes por você. Nada impede a vida ou o ciclo das coisas. É natural. Você aprende e todos os dias tento me lembrar do quão livre quero ser nessa vida. Ser livre de medos. Livre de expectativas, desilusões, livre do medo de me decepcionar por agir conforme meu coração mandar… de fazer algo contra a opinião dos outros. Quero ser livre do medo de me expressar, dizer o que sinto… livre do medo de mudar de ideia, de tentar mais uma vez, tentar mil vezes… me cobrar menos. Não duvidar de mim mesma. Ser boa para outras pessoas. Gentil. Grata. Respeitar a minha essência, quem eu sou e amar quem me ama e está sempre do meu lado. Porque a única coisa que eu gosto mais do que ser amada é amar de volta… E o caminho, na verdade, é só amar e agir conforme a alma fluir. Porque, o que acontece depois de tudo? Meus pensamentos e perguntas sobre como eu deveria agir não vão importar. Só se eu fiz o que meu coração pediu para fazer e se as minhas decisões me tornaram mais completa, melhor para o mundo e realizada enquanto estou viva e respirando.

#1

É muito engraçado como coisas na nossa mente podem mudar facilmente de lugar e de posição. Nesses últimos tempos me vi mudar e eu me culpei tanto por coisas que eu não poderia controlar… Ou coisas que passaram e que eu não podia alterar. Voltar no tempo é impossível e disso eu sei, sempre soube e já parei de desejar. O passado só existe na minha mente porque na teoria não mais. O certo é olhar pra frente. Muito mais, pro futuro.