Honestamente, eu não sinto no meu coração que eu deveria tentar ver algum ponto positivo no tempo em que estamos vivendo, considerando as tantas tristezas de pessoas por aí, me soaria, sinceramente, um tanto egoísta… Mas, se eu pudesse me ousar a definir algum ponto positivo pra mim, o ponto seria com certeza, estar mais próxima dela. Minha mãe faz com que eu me aproxime da minha essência e faz com que eu enxergue o meu verdadeiro eu, todas as minhas fases, todas as construções de mim, tudo está nela… Se eu pudesse definir esse coração, eu definiria como um poema escrito à mão, uma pipa azul no céu, e pra ser menos poética e melosa, um pedaço de pizza bem grande que aparece bem quando a gente tá morrendo de fome. Ela é a definição de tudo que é bom. Estar próxima dela e perceber a beleza e a confiança que ela vê em mim, me dá forças pra realmente ser quem eu sou, sinceramente, sem medo, expor todas as minhas ideias, todas as minhas risadas, os meus desabafos, os meus pensamentos… Ninguém me importa, nenhuma opinião desde que ela confie e acredita em mim. Estar com ela, Me trás de volta todas as tardes que ela me levou ao sebo do messias e me disse que aquele era seu lugar favorito. De tudo que ela me ensinou, todas as músicas que ela me explicou, de todos os livros que ela me mandou ler e que muitas vezes, sinceramente, eu não li (mas eu vou, mãe, prometo), de todas as vezes que ela me consolou quando eu chorei. Das vezes que ela me disse que dinheiro não é nada, e que não vale nada. De quando eu desenhei em todo o meu caderno da escola no lugar de fazer exercícios e ela me deu broncas generosas de quem, mesmo sem eu merecer, acreditava em mim. Me lembra da minha fase “rebelde” em que eu escutava Cássia Eller e Legião Urbana e ela me comprava todos os Cds pra minha coleção. Das vezes, tantas vezes em que eu me senti “um peixinho fora d’água” e ela me encorajou. De tantas ideias que eu já tive, tantas vontades, tantos planos e ela me apoiou em todos eles. Todos. De todas as vezes em que eu não estava certa, mas ela me deu um abraço depois, e como isso que eu escrevo não é exatamente sobre mim, só queria dizer sobre o quanto ela é genial, inteligente, sonhadora… Se a vida, em algum momento, fizer com que eu me perca, perca a minha essência, nem que fragmentos pequenininhos dela, eu sei, que estar com a minha mãe vai me conectar com meu eu. E essa tatuagem da foto, ela escolheu, e está na letra dela, pra me lembrar de que, a trajetória mesmo, sou eu quem faço em todas as minhas escolhas. Só queria que ela soubesse na verdade, que a minha vida não se torna mesquinha nem por um minuto considerando que ela esteja perto de mim. O poema da minha vida, é, e sempre será a existência e ela segurando a minha mão.
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Ás vezes
As vezes, quando meu café já está gelado, e quando não preciso esconder coisas que não consigo largar penso, encontro pensamentos que tento largar mais que vícios e não consigo. Eu não sei porquê não consigo deixar pra trás coisas que já deveriam ter passado. Se já foram na temporalidade por que não em mim?
É difícil pensar que, as vezes, sentimentos ou pessoas tão leves e simples, deixam uma marca em nós por muito, muito tempo e as vezes, a gente não consegue esquecer.
Lembro do cheiro do vício, da vitalidade, da liberdade e da representatividade ali. Da importância… E tento escrever sem tentar colocar meus sentimentos a mostra, sem tentar especificar sobre o que estou falando simplesmente pelo fato de que, não quero e tenho medo de colocar pra fora. Tenho medo de ser ambígua, de parecer mentirosa, não pra alguém mas pra mim mesma. E a mentira, quando a gente mente pra nós mesmos pode ser um veneno.
pensamentos sobre se sentir só
As vezes eu me sinto realmente só mas sei que não é privilégio meu. Eu acho que é normal se sentir só, do lado de fora e do lado de dentro também. Mas pra mim, esses sentimentos vem e se vão, dependendo do meu estado de espirito. Eu sei quando me sinto só, quando tenho vontade de me isolar (pasmem, tem como me isolar mais do que agora? risos nervosos). To acostumada mas nem sempre é bom sentir essa necessidade de se guardar em um casulinho próprio.
Eu comecei a escrever aqui hoje numa vibe positiva, pensando em falar realmente sobre alguma musica que me faz bem, ou como o dia está lindo hoje, e que eu vi uma pipa no céu de cor vermelha que eu gostei muito… Ah, e de como o almoço da minha mãe hoje estava super bom. Mas sei lá, pensar no que sinto as vezes me deu uma vontade de chorar, mas é bobagem… E afinal, eu nem preciso ser positiva, ninguém lê isso mesmo, só eu e eu nem posso tentar mentir pra mim mesma… não funciona.
As vezes eu só queria que todos os problemas pudessem sair da minha mente, talvez voarem como a pipa vermelha… pra longe de mim. Só queria me sentir em paz, como em janeiro, sabe? Naquela praia de bertioga onde o por do sol estava super lindo… nem sempre foi assim, essa inquietação danada.
Essa fase tá bem difícil e eu só queria que tudo andasse pra frente, sei que tá todo mundo travado, mas queria realmente, ter paz de espírito e não me sentir tão só.
Queria menos desistência mesmo que as coisas realmente estejam difíceis.
Sobre se distanciar
As vezes sinto muita vontade de voltar as raízes e buscar contato com pessoas que já foram importantes pra mim, tipo amigos ou conhecidos que, de alguma maneira fizeram parte do meu crescimento pessoal… Em alguns momentos até busco essas pessoas, procuro nas redes sociais, e mando até uma mensagem tímida dizendo “saudades”, mas nunca passa disso. Pra mim, é muito fácil me afastar de alguém. É quase intuitivo… mas de alguns anos pra cá, acho que travei também no quesito “me abrir” para novas pessoas… se eu contabilizar, acho que não passo de 20 novos amigos e colegas que já fiz ao redor desses anos que passaram. Isso me assusta um pouco porque eu era uma menina que amava conhecer novas pessoas. É até meio que transformador… todos os encontros nos fazem, como aquela música dos novos baianos que ouvi pela primeira vez em 2015:
“Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso
Jogando meu corpo no mundo
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas
Passado, presente
Participo sendo o mistério do planeta…”
Talvez seja um pouco por conta da idade, e pode se que eu esteja um pouco carentona também por causa da quarentena e do distanciamento social, que pra mim, está sendo quase em 100%, sem contar as vezes que vou ao mercado ou ao dentista. Mas é que, em alguns momentos tenho a impressão de que, se eu voltar a falar com as pessoas que já foram importantes pra mim e agora não tenho mais contato, posso voltar no tempo em muitos quesitos inaturais, que talvez não seja confortável pra mim. Como encontrar fantasmas, pessoas que não me conhecem direito e que talvez, vão esperar encontrar uma pessoa diferente da que eu sou hoje, um outro eu. Além de decepciona-los eu me decepcionaria por não poder oferecer o que eu era… ou por me forçar a ser o que eu era. Talvez o meu eu de hoje não seja tão interessante assim, sabe?
Enfim, estou com saudade do encontro. E eu sinto essa saudade há muito tempo. Sempre sinto isso de diferentes maneiras e formas. Por que será que a gente sempre encontra um jeito de ter algum sentimento ruim? Pelo menos eu, sou muito problemática dentro da minha cabeça, sempre em controvérsia ou em algum debate comigo mesma em como definir em palavras meus sentimentos mais profundos…
metamorfoses 🌹🥀🐛🦋
Algo que aprendi é que minha beleza independe de qualquer mudança física ou interior e hoje, enquanto eu olhava as plantinhas caídas no quintal da minha mãe, lembrei do quanto isso já me afetou em determinados momentos da vida onde eu não conseguia enxergar que a minha beleza era única, sem comparações e que ninguém tiraria de mim, não importava o que.
Acho que como todo mundo, já busquei aprovação de gente que não enxergava que cada um possui um jardim lindo dentro de si, onde florescem junções singulares de belezas muito particulares… cada pessoas é um universo lindo a ser descoberto, um sistema extraordinário e exclusivo… E as vezes as opiniões das pessoas sobre mim, em qualquer quesito, seja sobre o meu corpo ou aparência, já fizeram com que eu me sentisse tão… invisível… como se eu não fosse captada pela minha essência ou se qualquer outra coisa física ou externa fosse mais importante que ela.
Se sentir livre do julgamento das pessoas sobre é libertador e é um processo. Um processo lento e demorado. Às vezes você liga, as vezes não, as vezes você se machuca e as vezes não… Mas qualquer pessoa que faça com que você se sinta invisível, como se você não fosse verdadeiramente visto, ou que a opinião de alguém sobre você fosse definida por alguma mudança, traço de personalidade, ou se qualquer coisinha mínima que alguém possa imaginar sobre você que faça ela te definir de alguma forma sem conhecer ou prestar atenção em quem você realmente é fundamentalmente, não vale a pena.
Não escrevo isso por conta de alguma situação recente que me passou ou algo do tipo… Já vivi muito isso, mas não vivo mais. E se sinto, tento não me deixar consumir. É só que, olhei pras flores já não tão mais consideradas tão bonitas no quintal… e quis me lembrar que não importa a mudança, física ou interior (porque também é possível que exista essa mudança interior, nós estamos sempre nos moldando e nos transformando) ou o que as pessoas pensam… como uma flor nunca deixa de ser uma flor, independente das mudanças, do tempo, ou das pétalas que caem, nossa substancia, nossa alma e nosso coração sempre terão a mesma beleza, não importa o quanto nossa aparência, personalidade ou vivência passe por metamorfoses. A vida é transformadora e olhas as pessoas bem afundo é uma das delícias e oportunidades mais bonitas dela.
?
Sabe aqueles dias que parece que você não sente absolutamente nada? Nem tristeza, nem felicidade… talvez a tristeza seja prenominante, não por nada, mas simplesmente porque a tristeza tende a ser predominante na maioria das vezes. Eu só queria me sentir mais esperançosa… me entender melhor e entender o mundo melhor também. É uma mistura de sentimentos que não consigo decifrar. Pensamentos em pessoas e momentos que eu já deveria ter colocado pra trás na minha história, medo das minhas escolhas. Um misto de nostalgia também. Bom, talvez eu até sinta algo, mas não sei definir o que seja.
Eu só queria parar de pensar tanto em coisas que já ficaram pra trás e aceitar o meu futuro, o futuro que foi definido por mim mesma quando tive a chance. Não quero ter dúvidas de nada, nunca.
Quero me sentir mais estimulada a alcançar meus objetivos da melhor maneira que eu conseguir mas mesmo que eu tente, não me sinto 100% em nada e isso também é frustrante. Sabe o que é mais engraçado ainda? Me sentir culpada por me sentir frustrada porque, afinal de contas, estamos vivendo um momento de luto coletivo. Perda de pessoas, de planos, de vida. Mas mesmo assim, não morri, ninguém que eu amo morreu, e eu ainda estou sendo abençoada por poder olhar pela janela de manhã, ouvir minha música favorita e conversar com a minha família quando acordo. Então além de frustrada e pensativa ainda me sinto ingrata (?)
Nem todos os dias são assim, passo por dias realmente felizes e positivos, é verdade. Mas talvez seja o tempo nublado, que eu amo, mas as vezes posso me sentir um tanto melancólica… Vai saber.
sozinha
Minha mãe conta uma história da minha irmã, que, quando ela era criança, uma vez, foi tirar uma foto em uma rua escura e falou “por que eu tô sozinha?” e começou a chorar. Pode não fazer sentido, mas ao olhar a foto posso sentir o questionamento dela.
Nesses dias eu tenho me sentido imensamente só. Acho que tem ligação com muitas coisas e não só com a quarentena… Acho que deve ser também porque meu aniversário está chegando e sempre fico um pouco pensativa nessa data. Eu não gosto de me sentir só.
O fato é que eu já tive muitos amigos e muitos já foram embora. Parece, simplesmente que agora, eu me sinto sozinha de amigos. Quer dizer, eu tenho amigos. Mas a lista não gira. Então, só tenho uma lista enorme de conhecidos, poucos amigos que fiz e que são muito importantes pra mim, minha família, o J e minha gata. Eu não conheço mais ninguém. Hoje fui ao dentista e fiquei feliz de conversar com ele. Pensei “meu Deus, que carência…” mas, sei lá, tenho necessidade de conhecer novas pessoas… De sair com alguém pela primeira vez pra caminhar. Eu tinha um amigo, muito querido e nós sempre saímos pela cidade para fazer coisinhas culturais. Foi muito legal a primeira vez que saímos. Só um amigo, uma pessoa nova, ah, foi tão bacana. Sinto falta de simplesmente ter alguém a conhecer. Óbvio que os velhos amigos são indispensáveis e eu os amo muito. Mas sabe aquela coisa de perguntar “e aí, o que você faz? você tem irmãos? eu tenho uma 6 anos mais velha”. Parece que, mudando de cidade há três anos atrás eu perdi isso…
Quando me mudei pra cidade pequena, foi tudo muito novo. Mas o novo se estabilizou lá. Agora eu já sei tudo o que me aguarda, mesmo depois da quarentena acabar. É estranho porque sinto que me desapeguei aos detalhes e da importância de um novo amigo… ou de conversar com alguém sobre alguma coisa, sem intimidade, apenas papo. Porque eu não poderia seguir em frente. Não poderia chamar a pessoa pra sair, porque não estaria na cidade depois de algum domingo. O ônibus das 20:15 na rodoviária do Tietê, estaria sempre me esperando. E me sinto muito só no sentido de descobrir novas pessoas. As minhas pessoas são suficientes mas é importante preservar esse ciclo de conhecer novas mesmo que rapidamente. Pessoas tem muito o que ensinar. E eu amava isso…
#13
As vezes fico me perguntando se, tem algo de errado comigo que me faz parecer frágil na visão dos outros.
Não sei como não parecer frágil… Não sei como fazer as pessoas entenderem que eu consigo fazer coisas, lidar, que sou capaz de qualquer coisa e de aprender o que eu quiser.
Isso me irrita completamente porque parece que essa atitude em relação a mim me persegue. E se me persegue, quer dizer que o problema sou eu. Ou meu histórico. Tô cansada de tentar explicar coisas óbvias.
Parece sempre que preciso provar algo para as pessoas e não pra mim mesma. Eu quero ter a liberdade de provar, no meu próprio tempo, que sou boa, que consigo, que sou forte e que mesmo se eu tiver um tempo diferente das outras pessoas, eu vou ser capaz de fazer tudo o que eu quiser. Mas eu não quero provar pra ninguém. Só pra mim.. e também quero que, no meio desse processo, as pessoas que se dispuserem a me ajudar a crescer, ajudem por vontade e paciência delas e não porque eu precisei implorar para elas estarem do meu lado.
#12
Hoje, minha mãe pediu para que eu regasse as plantas dela com a mangueira. Minha mãe tem muitas plantas. Essas é um atividade que todo mundo foge na minha casa porque requer: fechar todas as janelas, desenrolar a mangueira, trazer a mangueira pro corredor das plantas e molhar todas cautelosamente, porque se algo acontecer com qualquer uma delas, o clima não vai ficar bom aqui em casa… Não é um trabalho que vale preguiça, mas requer responsabilidade. Mas aqui, como todo mundo é preguiçoso, ninguém quer matar a preguiça e nem encarar a responsabilidade. Mas minha mãe me pede mesmo assim.
Só que hoje o dia está bonito. Quente. Parece aqueles dias bonitos de novela, aquelas cenas de vistas bonitas que passam nas transições de cenas… não sei o que acontece, mas, todas as vezes que estou em São Paulo, os dias são nublados… acho que, como eu não deveria estar aqui nessa época do ano, a cidade não percebeu minha presença e resolveu ficar feliz mesmo com o caos que estamos vivendo (brincadeira, não me dou tanta importância assim, né… :p ).
Eu estava usando vestido e amo usar vestido porque me sinto livre. Olhei pro céu, e joguei a água pra cima para que assim, talvez, as plantinhas achassem que estão sendo regadas pela chuva e não pela mangueira laranja dos meus pais. Tão mais legal a chuva, né. Mas, nessa atividade, acabei percebendo que, eu também gosto de sentir a chuva… Não percebi, mas lembrei. E me molhei junto com elas.
A última vez que tomei um banho de chuva, foi sem querer. Eu fiquei bem brava porque me molhei inteira, e não percebi o quanto tinha sido bom. Revigorante… Não aproveitei. Mas aqui, olhei para as plantinhas da minha mãe, e decidi me regar com elas, pra ver a sensação.
Eu tive vontade de rir sozinha. Ver o verdinho das plantas e o azul do céu junto com a água caindo fresquinha, mesmo que da mangueira laranja e não do céu, foi tão bom.
O cheiro da água na terra, o clima, as plantas me trouxeram flashes de momentos felizes.
Me lembrei de uma vez, no parque do Carmo com meus pais… Uma pipa azul. Uma criança descendo o morro de motoca. Meu pai olhando pro céu. Um dia bonito como hoje.
Banho de balde com o Jhonas. Suco de abacaxi… Blusa compartilhada da liga da justiça. Sopa de plantinhas do quintal.
O cenário do jogo do Tarzan no PlayStation 2. A cachoeira em que ele precisava pular pra passar de fase. A vontade que eu tinha de estar lá… E o cenário do the sims náufrago. Eu amava me imaginar. A sensação é de que já estive nesses lugares.
A ansiedade de chegar no 48 no dia da família. O Jhoninhas, sempre. O ônibus atrasado… As comidas que minha mãe fazia um dia antes. A piscina, o futebol de sabão. Outra história… a torcida para que não chovesse (irônico).
A visita na casa da tia Rute, acho que eu tinha uns oito anos. Morangos em um potinho bem fresquinhos. Eu lembro que comi, mas nunca gostei muito de morangos puros. Mas eu os acho bonitos. Um pano na grama. Todos bons amigos… Um ventinho bom, a minha irmã comigo.
E por fim, o James e eu no Horto em 2018. Muitas risadas encostados em uma pedra. Ele sempre fica entusiasmo na natureza e me ensina a ama-la ainda mais… O dia tava quente. Ele de regata, amo essa nossa época… A gente não falava nada com nada, estávamos virando melhores amigos. Lembro dessa fase com amor. Tudo tão livre…
Eu olhei pra mim mesma em um banho de mangueira de 20 minutos. Sempre tenho flashes de memória, mas esses foram tão lindos, refletidos no azul e no verde simples do meu quintal. Não é a toa que essas são minhas cores favoritas.
Fiquei tão feliz com a chuva que eu mesma fiz. Valeu a pena, e espero que as plantinhas tenham gostado também.
#11
As vezes é muito ruim lembrar algumas pessoas que já passaram pelas nossas vidas.
A pior coisa pra mim, é sentir aquela sensação de desconforto de lembrar uma história vivida com alguém. Eu detesto sentir que não queria ter conhecido uma pessoa… Que não queria ter sentido qualquer tipo de sentimento… Não necessariamente sentimentos amorosos mas… eu não gosto disso. Desse excesso de lembranças e memórias que eu não gostaria de ter, e o pior: não poder arranca-las de dentro de mim, todas essas sensações de arrependimento, por mais que eu tenha vivido momentos bons e aprendido coisas que me fizeram ser quem eu sou hoje e quem eu serei amanhã.
Acho que o pior pra mim é que, eu consigo não pensar muito tempo em algo ou alguém que já me fez sofrer de algum modo, mas de repente, algum dia, eu acordo e sinto todas as coisas girarem na minha mente. Esses dias não são muito bons. É preciso me manter ocupada… mas me dá uma vontade desesperada de gritar…
A última situação que realmente me feriu, não faz muito tempo. E o pior é lembrar de todos os momentos que me marcaram e desejar que eles sumissem da minha memória, simplesmente porque eu não quero mais lembrar ou sentir qualquer tipo de arrependimento ou sofrimento. Quero me perdoar por qualquer tipo de atitude tomada ou não. Não quero me afetar mesmo que apenas nos dias em que me sinto sugada por essas memórias. Eu quero deixá-las pra trás… Como já fiz com inúmeros outros sentimentos. Esquecer. Assim como as pessoas esquecem fácil das coisas e conseguem seguir, eu desejo ser assim também… e ser grata por todas as oportunidades e felicidades que a vida me proporciona.